A antiga Linha São Pedro pertencia, à época de sua colonização ao então vasto município de Bento Gonçalves, a antiga colônia de Conde 'Eu, depois a Garibaldi, mais tarde a Montenegro e, finalmente, a Salvador do Sul, o município mãe, a qual ficou subordinado, política e administrativamente, durante vinte e nove anos, até alcançar a autonomia pela emancipação no dia 20 de março de 1992.
A história de São Pedro da Serra se iniciou no ano de 1878, quando o então Sr. Pedro Lisenfeld (alemão) aqui fixou sua residência, desbravando matas e dedicando-se exclusivamente à atividade agrícola e, a partir de então, a Linha São Pedro foi essencialmente colonizada por imigrantes alemães da segunda leva da imigração Teuto-Germânica. A homenagem ao seu fundador originou-se a denominação de "Linha São Pedro" que, iniciado o processo emancipacionista emprestou seu nome para designar o novo município. O relevo com formações geográficas próprias da Região Serrana do Estado, motivou a inclusão do vocabulário "Serra", completando o nome de São Pedro da Serra para identificar a nova comunidade e diferenciá-Ia de localidades mais antigas e que também são identificadas pelo patrimônio de São Pedro.
Dentre os primeiros moradores que se instalaram na Linha São Pedro, todos de origem alemã, podem-se destacar as famílias Hartmann, Cornelius, Schmitz, Engerhof, Weschenfelder, Schneider, Hummes, Werlang e entre outras.
Durante as duas últimas décadas do século XIX, a Linha São Pedro resumiu-se à implantação de uma estrutura comunitária básica e à manutenção de suas atividades essenciais. O franco desenvolvimento só chegou ao início do século XX, com a construção da estrada de ferro para o transporte ferroviário entre Montenegro e Bento Gonçalves.
Com a ferrovia, acelerou-se o desenvolvimento. Já em 1911 construía-se a primeira casa de alvenaria na Linha São Pedro, onde Júlio Selbach estabeleceu sua Casa Comercial, mais tarde ocupada pelo comerciante Antônio Hommerding, depois por Wilibaldo Hartmann e, mais tarde por Raimundo Hartmann.
A casa comercial vendia grande sortimento de mercadorias e supria as necessidades quotidianas, como remédios, confecções, eletrodomésticos, utensílios agrícolas, ferramentas em geral e material de construção.
Com o desenvolvimento, acelerou-se a vinda de mais moradores descendentes teutos, que se fixavam em São Pedro à medida que o reduto ia aumentando.
Desde 01 de Dezembro de 2017, os munícipes foram presentados com o monumento do Sto. São Pedro, trazendo nas características toda a história dos seus antepassados. A simbologia do monumento do Sto. São Pedro tem muito a nos dizer, seu olhar está em direção ao futuro da comunidade São-Pedrense, com vitalidade, humildade, paz e união, abençoando essa terra. O seu manto é a proteção divina, pois do céu vem a sua benção. A benção à nossa terra amada, gentil, flor-menina, desse Município que o acolheu como padroeiro. Os seus pés descalços nos revelam a firmeza no chão, na realidade, com sentimentos fraternos em comunidade. A chave significa a autoridade, o porteiro do Reino dos céus, os seus ensinamentos repassados, a chave que abre a porta do nosso lar, do nosso trabalho, enchendo-o de humildade, união, sabedoria e amor. O livro carrega a história dos nossos antepassados, da nossa comunidade, construída com muito amor, trabalho, respeito e honestidade. Suas próximas páginas serão escritas por cada um de nós, dando continuidade a essa linda história e contada com todo carinho pelas futuras gerações.
O monumento de São Pedro, além de ser um atrativo turístico, é a concretização e uma referência ao início da história do município de São Pedro da Serra. Foi Pedro Liesenfeld, dono destas terras, que doou a área para a construção da primeira capela sob a condição de que o padroeiro fosse São Pedro, o que então, foi aceito pela comunidade.
“São Pedro, porteiro do céu, continue sempre abençoando São Pedro da Serra”.
Benção da pedra fundamental da igreja matriz São Pedro (27.10.1929)
Inauguraçao da Ponte Seca e via Férrea em 1907.
Cancha de carreira Campestre Alto